quinta-feira, 6 de junho de 2013

Minhas experiências de leituras são tantas que fica difícil saber por qual começar. São tantas porque elas são muitas e uma mais gloriosa que a outra. Penso que talvez começando do início fique mais fácil entender porque ler é minha vida.
Desde a mais tenra idade, a minha mãe relata que eu gostava de estar com os livros. Diz ela que era preciso escondê-los, senão eu os rasgava de tanto ficar folheando-os. Mas é ao meu pai que devo louvor , pois foi ele quem despertou-me para este mundo maravilhoso da leitura. Embora trabalhasse na roça e só chegasse em casa ao escurecer,  era sagrado: ele tomava o banho, jantava e poderia estar cansado como nunca, mas não deixava de ler para mim e meu irmão uma história antes de dormirmos. E como eram mágicos aqueles momentos, em que através da voz de barítono que tem, levava-me a conhecer mundos diferentes, reinos encantados, histórias felizes e outras nem tanto, porém todas com sabor de quero mais.
Depois ao sete anos fui alfabetizada e logo aprendi o caminho da biblioteca. Como li na minha infância e na minha adolescência. Na minha adolescência... acho que primeiro apaixonei -me pelos livros de romances e só muito depois pelos garotos, pois enquanto minhas amiguinhas estavam gabando -se das paqueras e suspirando de amores eu estava amando as histórias de José de Alencar, Érico Veríssimo, a coleção de livros da série Vagalume e tantos outros autores e histórias que completaram a minha vida.
Ler é o caminho que até hoje encontro para acalmar o meu ser inconformado com tantas desigualdades sociais, tanta fome, miséria, dores, injustiças. Porém, é na leitura também  que tenho o caminho para o prazer, para a viagem do continuar aprendendo, crescendo e  lapidando o meu eu em processo de mutação sempre.
Abraços,
                                                                                                                                    Eliana Ribeiro

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